Badajoz anunciou a construção da Plataforma Logística do Sudoeste Ibérico e
não esperou por Portugal para concretizar o projeto aprovado na Cimeira Ibérica
realizada em Zamora, em janeiro de 2009, pelo então ministro das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações de Portugal e pelo ministro do Fomento de Espanha. O
acordo prevê a construção de uma estação internacional de alta velocidade de Elvas
– Badajoz, localizada na zona do rio Caia, na fronteira dos dois países, e uma
estação de mercadorias, localizada no lado português, incluindo plataformas de
vias, instalações para carga e descarga, acessos rodoviários e estacionamento
para pesados.
A Plataforma Logística do Sudoeste Europeu vai ficar localizada em Badajoz,
junto à fronteira do Caia, ocupará uma área de 60 hectares e terá uma capacidade
mínima de carga e descarga diária de 16.500 toneladas, após a conclusão da
primeira fase. A plataforma será servida por um terminal rodoferroviário que
terá capacidade para operar 11 comboios por dia com comprimento de 700 metros e
1.500 toneladas de carga.
O terminal ferroviário, que terá seis vias para
receção e saída de comboios e três vias para carga e descarga das composições,
ficará localizado paralelamente à atual linha convencional
Madrid-Badajoz-fronteira portuguesa, estando prevista uma reserva de espaço
para a ligação à futura linha de Velocidade Elevada que irá estabelecer a
ligação entre Lisboa e Madrid.
A construção da Plataforma Logística de Badajoz deverá
arrancar no início de 2015 e terá um prazo de execução de 20 meses. O
investimento total previsto ascende a 19 milhões de euros, onde se incluem 13
milhões de euros para construção da plataforma logística e seis milhões de
euros para as acessibilidades ferroviárias e estação de mercadorias.
A Plataforma Logística do Sudoeste Ibérico foi
apresentada na Fehispor, que decorreu em Badajoz, numa cerimónia que contou com
a presença do presidente do porto de Sines, dos administradores dos portos de
Lisboa e Setúbal, Nuno Sanches Osório e Seixas da Fonseca, respetivamente,
assim como António Nabo Martins, da CP Carga, e outros quadros dos portos
portugueses.
As autoridades espanholas têm mantido contactos com
responsáveis dos portos de Lisboa, Sines e Setúbal, além de representantes de
armadores e grupos empresariais, com o objetivo de elaborar um plano de
colaboração que permita a instalação de indústrias na plataforma logística. Por Carlos Moura
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