O
Terminal de Carga de Beja tem suscitado interesse de várias empresas de nível
mundial que pretendem fazer operação através de Beja com vários aviões, podendo
aquela infraestrutura servir de plataforma para os mercados marroquino,
sul-africano ou mesmo sul-americano, revela Carlos Seruca Salgado, ‘manager’ de
carga aérea da ANA – Aeroportos de Portugal, em entrevista à Transportes em
Revista. Se o investimento numa plataforma e num terminal de passageiros e de
carga poderia parecer duvidoso, à primeira vista, os contactos estabelecidos
com vários operadores «vieram confirmar
o interesse na utilização infraestrutura», salienta o ‘manager’ de carga
aérea da ANA – Aeroportos de Portugal. «À
partida houve muitas críticas sobre a viabilidade do investimento feito em
Beja, mas uma vez efetuado há que procurar rentabilizá-lo», explica.
Entre
os potenciais utilizadores do aeroporto de Beja destaca as companhias aéreas
que voam para a Europa e necessitam de uma plataforma para uma paragem técnica
ou reabastecimento. O mercado de cabo-verde é apontado como uma das hipóteses,
assim como a África do Sul ou a América do Sul. «Se conseguirmos que o aeroporto de Beja seja altamente competitivo
poderá vir a ser um ponto de entrada de mercadoria na Europa, seguindo depois
por comboio ou camião, ou também pode servir de plataforma para os aviões
fazerem paragens técnicas e voarem para o resto da Europa», afirma o
responsável, adiantando a possibilidade da carga ser transportada para Beja por
pequenos aviões cargueiros turbo-hélice.
«Nós damos
condições atrativas – facilidade, eventualmente preço – para que o aeroporto de
Beja ofereça condições competitivas para atrair interessados na sua utilização
para fazer o seu negócio», salienta Carlos Seruca Salgado, acrescentando que «há fortes expetativas nesse sentido.
Tenho visto interesse em vários operadores, inclusivamente de nível mundial,
incluindo empresas europeias de grande dimensão, que pretendem fazer operação
através de Beja com vários aviões. Beja pode servir de plataforma para o
mercado marroquino, através de outros operadores».
Para
os potenciais interessados no aeroporto de Beja, as principais vantagens
consistem na facilidade de ‘slots’ porque não há qualquer tipo de restrição,
quer nas partidas como nas chegadas, na boa plataforma e no próprio terminal de
carga, que é pequeno, mas pode ser alargado, uma vez que não existem limitações
de espaço. «A conjugação destes fatores
consegue facilitar a vida aos operadores», salienta o responsável. Por Carlos Moura
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