A importância das pessoas dominou 6º Encontro Transportes em Revista

A importância das pessoas foi a nota dominante no 6º Encontro Transportes em Revista, que decorreu no Cine Teatro Avenida de Castelo Branco e subordinado ao tema “Cidades Competitivas, Papel da Mobilidade”. Nos dois dias de trabalhos, o evento contou com uma participação de aproximadamente 400 pessoas que tiveram a oportunidade de ouvir algumas das personalidades de maior relevo na área dos transportes, e não só, no nosso país, caso de Augusto Mateus, Joaquim Ferreira do Amaral, José Manuel Viegas, Carmona Rodrigues, Fernando Nunes da Silva, Victor Ramalho, Miguel Anacoreta Correia, entre outros. Segundo José Monteiro Limão, director da Transportes em Revista, esta sexta edição do Encontro Transportes em Revista constituiu um “fórum alargado de debate e reflexão que teve um significado muito especial porque se instalou, pela primeira vez, no interior do país e se realizou perto de eleições legislativas e autárquicas, tendo sido uma oportunidade para sensibilizar autarcas para as questões da mobilidade”. Numa edição que contou com uma forte participação de pessoas ligadas com as autarquias, mais de 50 câmaras municipais inscritas, foi conclusão quase dominante que uma cidade sem mobilidade não é cidade, como de resto afirmara Augusto Mateus no início dos trabalhos e Miguel Anacoreta Correia reafirmou no encerramento, e que para conferir mobilidade é preciso praticar democracia, ouvir e partilhar, como salientou o Consejal del Ayuntamiento de Placencia, Francisco Martin. Igual opinião têm António Carmona Rodrigues, que salientou que não se pode fazer política sem pensar nas pessoas, e Victor Ramalho, que afirmou que as políticas têm de ser viradas para o ser humano.

Relativamente ente aos sistemas de transportes, estes estão ao serviço da mobilidade e, de acordo com José Manuel Viegas, permitem movimentar pessoas, bens e têm impactos muito variados nos usos do solo, no crescimento económico e na qualidade de vida. A inovação em transportes públicos é essencial, defende o especialista, embora seja algo que aconteça pouco em Portugal. Fernando Nunes da Silva, por sua vez, entende metade dos problemas da mobilidade nas nossas cidades ficariam resolvidos caso se solucionasse o problema da mobilidade residencial, argumentando que é indispensável recuperar as nossas cidades e os nossos bairros. Por Carlos Moura