sexta-feira, 13 de março de 2009

Estudo da ADFER “arrasa” opção do Governo pela TTT

A ADFER – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário, elaborou um estudo onde critica veementemente a opção tomada pelo Governo relativamente à Terceira Travessia do Tejo (TTT), no eixo Chelas/Barreiro. De acordo com aquela entidade, “houve inquestionável condicionamento político para que o resultado do estudo comparativo encomendado ao LNEC sobre as alternativas consideradas fosse o desejado por quem tutela os Transportes”. A ADFER alega que a opção Chelas/Barreiro, não permite a passagem da linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid e na futura linha Lisboa-Algarve, pelo Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) a construir no Campo de Tiro de Alcochete (CTA) o que “contraria as orientações do White Paper: European transport policy for 2010: time to decide”, voltando novamente a referir que a entrada em Lisboa da linha de Alta Velocidade Lisboa/Porto deveria ser feita pela margem esquerda do Tejo, servindo directamente o NAL e poupando assim muitos milhões de euros. O estudo, refere ainda que a opção Chelas/Barreiro não permite ligações ferroviárias suburbanas à zona Nascente do Arco Ribeirinho da margem sul do Tejo, ou seja ao Montijo, Alcochete e parte da futura cidade aeroportuária, nem a Stª Apolónia, assim como irá aumentar em cerca de 40% (15,5km) a distância por via ferroviária de Lisboa (Gare do Oriente) ao NAL, “incentivando as deslocações para o NAL por via rodoviária pela ponte Vasco da Gama”. Outras razões são invocadas pela ADFER, como o maior impacto visual que a ponte Chelas/Barreiro irá ter no estuário do Tejo e o facto de ir afectar bastante a actividade do Porto de Lisboa, entre outros. Assim, a associação apela ao Governo para rever a decisão sobre a TTT e adoptar o corredor “Beato-península do Montijo, com ligação ao Barreiro. Em consequência o traçado da linha de AV entre Caia e a TTT deve também ser revisto a partir de uma localização próxima de Vendas Novas para se garantir a passagem pelo NAL e pela TTT no corredor Beato-Montijo. A TTT deverá incluir as valências ferroviárias previstas, uma via dupla de Alta Velocidade em bitola europeia e uma via dupla em bitola ibérica, mas com travessas de dupla fixação para facilitar a posterior migração da bitola ibérica para a bitola europeia”, refere o estudo da ADFER. Por Pedro Pereira

1 comentário:

  1. Alguém que me explique porque motivo precisamos de um comboio que apenas vai poupar cerca de 30 min para uma viagem Lisboa - Porto...

    se uma viagem de ida no Alfa Pendular é praticamente o mesmo que ir e vir na Rede Expressos, nem quero imaginar o TGV. Para transportar as elites, existem as ligações aéreas.

    Há prioridades muito maiores e bem menos despesistas neste país e no próprio sector que merecem essa canalização de fundos.

    ResponderEliminar