quinta-feira, 2 de junho de 2011

Caminho árduo e díficil

Depois de tantos anos de desgovernos, de rumos e caminhos irresponsáveis, sem qualquer destino e objetivos, eis que se Portugal apronta para executar um conjunto de reformas estruturais, delineado por um conjunto de entidades e instituições internacionais que nos apontam o caminho da recuperação e sustentabilidade da nossa economia e da nossa sobrevivência enquanto País.

De nada valeram os inúmeros estudos e análises setoriais elaborados nas últimas décadas que indicavam o caminho para o crescimento. De nada serviram as visões, modelos e grandiosos projetos que nos trariam o progresso e o desenvolvimento. Eis que tudo, num ápice, foi por água abaixo.

Em apenas três semanas, uns quantos senhores, traçaram e escreveram um verdadeiro programa de Governo, repleto de reformas, cheio de medidas concretas e com mudanças profundas na organização e posicionamento do Estado, na atividade económica, nas relações laborais e na forma como todos teremos de encarar o bem comum.

Bastaram apenas três semanas para ficarmos esclarecidos sobre aquilo que tem de ser feito e que fomos incapazes de fazer nos últimos anos. É triste, mas bem real.

Ninguém duvida que se aproximam tempos de muitas dificuldades que nos colocaram dúvidas e provocaram receios e medos face às novas realidades. Mas este é o preço das muitas reformas que não tivemos coragem de promover, por incapacidade própria e por receio à mudança.

Não tenho qualquer dúvida que podemos encarar as contrariedades e os constrangimentos, como oportunidades de mudança, desafiando culturas instaladas, procurando formas mais eficientes de organização e produção, inovando nos serviços e apostando na criação de valor.

O setor tem agora a sua grande oportunidade de conquistar o seu lugar na sociedade, na economia e no desenvolvimento do País. Estará ele preparado para assumir essa responsabilidade? Está disponível para assimilar as necessárias mudanças? Como diria René Descartes, "não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis", mas a esta frase acrescentaria que tudo se torna mais fácil se estivermos predispostos à mudança.

A sujeição paciente e fatalista perante as dificuldades e mudanças pode ser um caminho, porventura o mais fácil e mais cómodo... Mas ser lutador inconformado, apesar de ser um caminho mais árduo e difícil é, certamente, mais compensador e entusiasmante. Vamos a isto! Por José Monteiro Limão

1 comentário:

  1. A economia, não o seu conceito abstracto mas as pessoas que nela, mais ou menos activamente, nela estão envolvidas não foi, nem poderia ir, por água abaixo.
    É com trabalho e com determinação, métodos tão fáceis como quaisquer outros, que resolveremos os problemas difíceis.
    Vamos a isto!, pois claro.

    Natércia Anjos
    http://www.facebook.com/pages/SPO-SPOriente/102512313176430

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