Um grupo de utilizadores das redes sociais, com aproximadamente três mil utilizadores, lançou uma petição que reclama o aumento de corredores Bus em Lisboa, dentro da cidade e nos principais eixos de acesso.
Dirigida aos presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, da Assembleia Municipal de Lisboa e da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, o documento tem como objectivo favorecer o transporte colectivo na capital face ao individual alterando a actual situação, onde para muitos o automóvel continua a ser mais competitivo do que alternativa do autocarro. Os autores da petição defendem que para inverter esta tendência, os transportes colectivos, designadamente os autocarros, têm de oferecer uma maior velocidade comercial, o que se consegue melhorando as suas condições de circulação.
No texto do requerimento pode ler-se que face às outras capitais europeias, Lisboa tem uma fraca implementação de corredores BUS. “Para além da melhor circulação dos transportes colectivos, estas faixas podem funcionar também como elemento regulador de tráfego e de redução da pressão automóvel em muitas vias.” O documento recorda que um estudo promovido pela CCDR-LVT em 2008, entre outras recomendações, propôs um aumento substancial de corredores BUS, permitindo que a velocidade média dos autocarros pudesse subir dos então 15 km/h para 25 km/h.
A implementação de faixas BUS nos principais acessos a Lisboa, permitiria que certas carreiras funcionassem como BRT (Bus Rapid Transit). Esta solução tem tido muito sucesso em diversos países, não só pela sua eficiência, mas também por ser uma alternativa substancialmente mais económica de implementar do que sistemas de ferro-carril ligeiro ou pesado.
Em termos ambientais, os índices de poluição na cidade de Lisboa, têm vindo a subir ano após ano, e urge combater esta tendência - não só por motivos de saúde pública, mas também por motivos de cariz económico (a Comissão Europeia enviou em Março de 2010, uma última advertência escrita a Portugal por incumprimento das normas da União Europeia de qualidade do ar em relação a partículas de suspensão perigosas, após o que recorrerá para o Tribunal de Justiça Europeu).
Os autores da petição argumentam ainda que numa altura em que “a crise económica se faz sentir em todos os sectores da sociedade, passa também pelas autarquias tomarem acções que ajudem a mitigar os efeitos desta conjuntura”. A dinamização da cidade de Lisboa, oferecendo melhores condições para o serviço de transportes públicos, terá como consequência o aumentando da competitividade, que à luz dos últimos estudos apresentados, se situa numa posição pouco favorável face às suas congéneres europeias. A petição está disponível no seguinte endereço: http://peticaopublica.com/?pi=BUS2010. Por Carlos Moura
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