
No domínio dos portos, o Governo português refere que já
tomou a iniciativa de eliminar a TUP Carga em janeiro de 2014 e está a
acompanhar a implementação efetiva da Lei do Trabalho Portuário. O Governo está
agora a procurar transferir a diminuição dos custos laborais para os
utilizadores finais dos serviços portuários, adiantando que a prioridade passa
por negociar a revisão dos contratos com os concessionários para se aumentar a
eficiência e a diminuição dos preços. Para esse efeito, foi assinada, em março,
uma portaria para nomear as comissões de negociação e estabelecer parâmetros
detalhados quanto ao âmbito e objetivo das negociações. O Estado português
garante que irá rever os incentivos aos operadores portuários através da adoção
de um novo modelo de concessões, que será baseado na performance, e também irá
encorajar a entrada de novos operadores.
No domínio da Parceria Público-Privadas rodoviárias, o
documento, assinado por aqueles três representantes das autoridades portuguesas,
salienta que continuam a ser dados passos para se alcançar um modelo
fiscalmente responsável. O Governo está a concluir a renegociação dos contratos
rodoviários com as concessionárias e espera obter uma redução de custos
superior a 2,5 mil milhões de euros no decorrer do ciclo de vida das
concessões.
Por
seu lado, o relatório da 11º avaliação da troika publicado pelo FMI reconhece
que as renegociações das PPP’s rodoviárias estão a avançar bem, ajudando a
minimizar os riscos fiscais e a alcançar poupanças significativas, a partir de
2019. No domínio dos portos, a troika revelou a sua satisfação pela iniciativa
do Governo para eliminar a taxa de uso portuário (TUP Carga), no início de 2014,
assim como o lançamento das negociações para a revisão das concessões
portuárias. O documento do FMI faz ainda referência à dívida histórica da CP –
Comboios de Portugal, a qual está a ser objeto de uma nova estartégia de gestão
para assegurar a sustentabilidade financeira da empresa. Por Carlos Moura
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