Um sistema de metro ligeiro de superfície com pneus, Metrobus, vai avançar no concelho da Amadora e irá estabelecer a ligação entre as estações do Metropolitano de Lisboa da Reboleira e de Amadora-Este e terminar no centro comercial Dolce Vita Tejo. Com uma extensão de sete quilómetros irá atravessar as freguesias de Reboleira, Venda Nova, Falagueira, Mina, São Brás e Brandoa. O investimento ascende a cerca de 8,9 milhões de euros. Desse total, cerca de metade – 4,4 milhões de euros – serão suportados pela Chamartín Imobiliária, a proprietária do centro comercial, que ficará responsável pela concretização das obras de construção civil e electrificação da linha. A REN – Redes Energéticas Nacionais (REN) deverá assegurar um financiamento de 900 mil euros, enquanto o material circulante deverá custar 3,2 milhões de euros, cuja aquisição irá ser objecto de uma candidatura a fundos comunitários. Segundo a autarquia, as obras deverão arrancar no final do ano. Será de referir que para a instalação da infra-estrutura – postes, linha aérea e sub-estações – a Câmara Municipal da Amadora estabeleceu um protocolo com os SMTUC – Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, uma empresa que já tem um conhecimento aprofundado nesta matéria.
O material circulante, com capacidade entre 150 a 180 passageiros, poderá vir a ser fornecido pelo fabricante polaco Solaris, que é um dos poucos construtores europeus que continuam a apostar na tecnologia dos troleicarros. De acordo com a autarquia da Amadora, o Metrobus poderá servir entre 40 a 65 mil habitantes. Este projecto, recorde-se, foi apresentado em 2007 e deveria estar concluído em Maio de 2009, para coincidir com a inauguração do Centro Comercial Dolce Vita Tejo. Incluía um prolongamento ao concelho de Loures, que foi colocado de parte com o anúncio da extensão do Metropolitano de Lisboa àquele concelho. Para uma segunda fase, está prevista a possibilidade de prolongamento até Odivelas, que representará um investimento de cinco milhões de euros. A autarquia de Odivelas pretende que o financiamento seja efectuado pela empresa privada responsável pelo desenvolvimento de um pólo tecnológico em Famões. Por Carlos Moura
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