terça-feira, 7 de abril de 2009

Novo aeroporto de Lisboa sem acesso ferroviário directo a Madrid


O Novo Aeroporto de Lisboa, que está previsto para o actual Campo de Tiro de Alcochete, não vai ter uma ligação directa à linha ferroviária de Alta Velocidade, que irá ligar Lisboa a Madrid, contrariando as afirmações feitas pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, sobre esta matéria. De acordo com o Plano Director de Referência do Novo Aeroporto de Lisboa apresentado pela NAER, o acesso ferroviário é efectuado através de um corredor localizado a sudoeste que permite operar serviços de ligação ao aeroporto de comboios de alta velocidade a partir de Porto/Lisboa, comboios convencionais, comboios vaivém em bitola europeia a partir da Gare do Oriente e um semi-expresso desde o Areeiro. O acesso à linha Leste de Alta Velocidade na ligação a Madrid implica um transbordo, penalizando os passageiros oriundos do aeroporto que pretendam ir para o Alentejo ou para Estremadura espanhola. O Plano Director de Referência do Novo Aeroporto de Lisboa é um documento que reúne a informação a prestar no âmbito do concurso de privatização parcial da ANA – Aeroportos de Portugal e de construção da infra-estrutura portuária. Os elementos do plano servirão para o concessionário vencedor detalhar o projecto e executar a obra. O documento define todas as características como o planeamento do terminal de passageiros, áreas comerciais e de apoio, acessos parqueamentos, redes de serviços e abastecimentos, especificidades do local, envolvente ambiental. O Plano Director de Referência foi elaborado pela ANA e pelo consórcio HOK / ARUP / BMM / Aviation Solutions, tendo sido desenvolvido de modo a garantir uma infra-estrutura em conformidade com as normas nacionais e internacionais. A NAER assegura que todos os trabalhos relativos à caracterização do local onde será implantado o aeroporto foram adjudicados, estando já concluídos, além da cartografia e ortofotografia, todos os estudos de viabilidade das ligações e sistemas de redes e serviços, as campanhas de prospecção geotécnica e hidrogeológica, a monitorização das aves na envolvente do aeroporto, a monitorização da qualidade do ar e a caracterização da qualidade das águas subterrâneas. Relativamente à infra-estrutura, o aeroporto vai dispor de duas pistas paralelas com uma separação de 2.180 metros entre si. O sistema de pistas será apoiado por um sistema duplo de caminhos duplos de circulação paralelos para permitir uma eficiente circulação das aeronaves. Para facilitar as ligações a Lisboa, através da rede acessos terrestres, o terminal de passageiros irá ficar situado a sul. Aquele complexo será constituído em 2050 por um grande terminal em forma de “X” e por um satélite linear, ligados através de um sistema subterrâneo de transporte de pessoas (Automated People Mover). O edifício foi dimensionado e planeado para apoiar as operações de “hubbing” da TAP e da Star Alliance. A área proposta para o terminal possibilita um total de 113 posições de estacionamento de aeronaves. As previsões da NAER na abertura do Novo Aeroporto de Lisboa apontam para um movimento anual de 19 milhões de passageiros (para uma capacidade de 22 milhões) e de 185 mil aeronaves. Por dia, os números apontam para 68 mil passageiros, dos quais cinco mil em hora de ponta, e 590 aeronaves, das quais 55 em hora de ponta. Por Carlos Moura    

1 comentário:

  1. eu como portugues que sou ficaria todo orgulhoso que viessemos a ter um grande aeroporto de dimençao ha escala mundial uma vez que este ja nao tem capaçidade para reçeber movimentos a toda a hora e ta lacalizado dentro de uma cidade o que nao e bom para ninguem,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

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