terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Estudo mostrará custo real das estradas portuguesas


Chama-se “Conta Transportes”, o estudo que o InIR - Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, está a preparar e que irá permitir aferir qual é o custo real das infra-estruturas rodoviárias e quanto é que os utilizadores pagam por isso. Em entrevista à Transportes em Revista, Alberto Moreno, presidente do InIR referiu que «este estudo tem dois objectivos: avaliar quanto é que as estradas portuguesas custam, por tipo de estrada, de região, de concessionário, (custo de operação e construção, etc.), e ter uma base sistemática, futura, para essa avaliação, através da actualização periódica da informação, criando mecanismos para tal». Segundo o responsável, a “Conta Transportes” «permite também que o concedente, em qualquer negociação de novos contratos ou se decidir pela renegociação dos actuais, passe a ter informação para decidir da melhor forma. Queremos um sistema que ligue as concessionárias ao InIR e que permita actualizar, anualmente, os custos de construção e de manutenção das estradas, assim como os custos incorridos pelos utilizadores e estabelecer junto das concessionárias, em termos regulatórios, um sistema de contas das infra-estruturas rodoviárias». No entanto, Alberto Moreno esclarece que está posta de parte a possibilidade de haver uma subida no preço das portagens quando a “Conta Transportes” entrar em vigor, dado que «as actualizações anuais estão previstas nos contratos com as concessionárias. Queremos criar um sistema de informação para que o concedente possa decidir da melhor forma, informação essa que também poderá ser consultada pelos concessionários, relativamente a outras alterações estruturais, como padrões de níveis de serviço». O presidente do InIR refere ainda que, em breve, serão dados a conhecer os resultados dos inquéritos à satisfação dos clientes das auto-estradas e dos planos de controlo de qualidade, realizados pelo instituto no último ano. Alberto Moreno adianta que «em 3000 entrevistas realizadas, o nível de satisfação dos utentes foi explicitamente positivo, embora, em certos troços, se tenham verificado resultados menos aceitáveis».
Mais informações, no próximo número da Transportes em Revista!
Por Pedro Pereira

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