A
agência de ‘rating’ norte-americana Moody´s reviu a notação da indústria do shipipping’de
negativo para estável, pela primeira vez desde 2011. Segundo a Moody´s, a
revisão reflete a expetativa que o EBITBA agregado de toda a indústria irá
aumentar em 2014, em linha com o nível de crescimento entre – 5 por cento e 10
por cento para uma perspetiva estável. “Apesar do excesso de capacidade continuar
a ser uma preocupação, acreditamos que as condições da indústria estão estáveis
e que a diferença entre o
ferta e procura não irá piorar materialmente”, afirma
Mariko Semetko, vice-presidente assistente da Moody´s e analista. “Neste
contexto, temos a expetativa que o a oferta de navios não irá ultrapassar a
procura em mais do que dois por cento ou que a procura não irá exceder a oferta
até dois por cento”, acrescenta.
A
agência de notação anunciou esta revisão no seu mais recente relatório sobre o
setor do shipping, intitulado “Alteração para a Notação de Estável do Setor do
Shipping Reflete Crescimento do EBITBA”. O relatório refere que as reduções de
custos – incluindo o efeito da redução de preços nos navios-tanque, a aplicação
de medidas de redução de velocidade dos navios e poupanças ao nível de
eficiência –, levaram a um aumento do EBITBA. Ao mesmo tempo, as condições de
mercado permaneceram tépidas, mas não se estão a deterioriar, com as taxas de
frete do segmento dos granéis sólidos a evidenciarem alguma progressão, embora
continuem sob pressão no segmento de carga contentorizada.
O
setor também está a reduzir nos custos ao adiar ou cancelar entregas de novos
navios, além de abater os mais antigos e ineficientes. A Moody’s admite voltar
a mudar a notação para negativo se surgirem indícios que apontem para um
aumento provável entre a oferta e a procura em mais de dois por cento ou se o
EBITBA combinado da indústria diminuir mais de cinco por cento. Por outro lado,
a agência também admite a possibilidade de alterar a notação para positivo se o
excesso de navios diminuir significativamente e se o crescimento do EBITBA da
indústria for superior a dez por cento. Por Carlos Moura
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