quarta-feira, 19 de junho de 2013

Contratos permitem taxas de portagens diferentes nas autoestradas em Portugal

Os contratos de concessão das autoestradas em Portugal têm prevista uma cláusula de modelação de tráfego que permite praticar valores diferentes nas taxas de portagem em função da procura, afirmou o presidente da APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias e Auto-Estradas ou Pontes com Portagens, José Costa Braga, durante a apresentação do estudo “As Vantagens de Viajar em Autoestradas”. «A taxa de portagem pode variar em função do tráfego», referiu, adiantando que o «processo de cobrança pode suscitar algumas questões relativamente aos horários de entrada, mas, tecnicamente, o problema não é insolúvel», adiantou. Essa possibilidade está «instituída em todos os contratos de concessão de autoestradas», relembrando que já foram aplicados descontos aos veículos pesados em período noturno.
A Estradas de Portugal, recorde-se, está a estudar, em parceria com as subconcessionárias, a criação de um sistema único de portagens, que permitirá diminuir o preço das portagens, segundo avançou recentemente o seu presidente, António Ramalho, em entrevista ao Diário Económico.
O estudo “As Vantagens de Viajar em Autoestradas em Portugal” foi desenvolvido pela consultora TIS para a APCAP, sistematizando as principais vantagens e os benefícios de viajar em autoestradas comparando dez percursos e as suas alternativas, mais usados pelos automobilistas durante o verão.
Do ponto de vista rodoviário, as autoestradas são, em média, quatro vezes mais seguras do que as outras vias rodoviárias alternativas. A taxa de acidentes com vítimas e com vítimas mortais é, em média, 70 por cento mais baixa do que as estradas nacionais. O estudo comparativo indica ainda que a distância percorrida é cerca de dez por cento inferior pela autoestrada e o tempo de viagem permite que o condutor poupe 50 por cento em relação às outras vias.
O estudo comparou, também, os parâmetros do custo total da viagem, incluindo consumo de combustível, portagem, desgaste do veículo, tempo decorrido entre as autoestradas e percursos alternativos, chegando à conclusão que a opção pela autoestrada apresenta, na generalidade dos casos, um custo médio inferior em cinco por cento relativamente à estrada nacional.

«Foram testados dez percursos em autoestrada mais representativos durante o verão, sobre seis variáveis fundamentais», refere o presidente da APCAP. «A vantagem do ponto de vista da segurança rodoviária seria uma constatação mais do que suficiente para justificar a utilização da autoestrada», argumenta José Costa Braga, acrescentando que o «rigoroso estudo da TIS verifica que as autoestradas são, em média, 70 por cento mais seguras do que as outras estradas». Por Carlos Moura

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