A subconcessão das operações da STCP e da Metro do Porto serão
atribuídas por ajuste direto. O convite para a apresentação de propostas foi
enviado às 24 entidades que levantaram o caderno de encargos no processo
anterior, sendo prazo de entrega o dia 2 de setembro. O caderno de encargos
permanece inalterado e prevê a retribuição de 30 por cento da receita
tarifária, à qual acresce o pagamento por quilómetro contratado. O critério de
adjudicação continua a ser o preço mais baixo.
Segundo o Jornal de Notícias, a decisão foi tomada na
urgência, na passada sexta-feira, pelas administrações dos dois operadores e terá
apanhado de surpresa os autarcas da Área Metropolitana do Porto. A opção pelo
ajuste direto com convite direto a diversas entidades é justificada pelo interesse
público relevante na atribuição das subconcessões. Este foi um dos compromissos
assumidos pelo Governo no âmbito do Programa de Assistência Económica.
Entre os autarcas da Área Metropolitana do Porto, que sempre
contestaram o processo de subconcessão da STCP e da Metro Porto, há quem tenha
dúvidas relativamente à legalidade de uma consulta limitada, assim como a
capacidade de os potenciais concorrentes elaborarem propostas capazes num prazo
tão curto e acuse o Governo de precipitar um desfecho rápido até final da
legislatura. De acordo com o Jornal de Notícias, as administrações dos dois
operadores argumentam que este procedimento não passa de uma extensão do
concurso público internacional, pois as regras do concurso não foram alteradas.
A Metro do Porto e a STCP alegam ainda que não há atropelo à concorrência porque
foram convidados todos os operadores relevantes do mercado nacional e
internacional. Além disso, a repetição do concurso internacional faria adiar a decisão
relativa à adjudicação até 2016, o que levantaria problemas orçamentais à Metro
do Porto e à STCP, sendo que esta última empresa necessita de renovar a sua
frota e o Estado não tem capacidade para assegurar essa despesa. Por Carlos Moura
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